Barroso suspende decisão que restringia ações da Funai em terras indígenas não homologadas

Atualizado em 1 de fevereiro de 2022 às 18:09
Barroso
Ministro suspende ofício do governo Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendeu hoje (1º) o ofício do governo federal que retirou da Fundação Nacional do Índio (Funai) a legitimidade para desenvolver atividades de proteção territorial em terras indígenas ainda não homologadas.

Barroso atendeu a pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e determinou a suspensão da iniciativa do governo Bolsonaro, que limitou a atuação da fundação em áreas homologadas, ou seja, que já foram demarcadas legalmente.

O ministro também determinou que a Funai desenvolva atividades de proteção territorial em terras indígenas independentemente de estarem homologadas ou não.

Leia mais:

1- PGR quer manter Sérgio Camargo afastado da gestão de pessoas da Palmares

2- Presidente do PTB vai à polícia após briga do partido: “Intimidada e ameaçada”

3- VÍDEO: “Moro é insignificante”, diz Lula

Ofício do governo atingiria terras e povos indígenas

O ofício do governo com as novas normas foi extremamente criticado pela Apib e também por outras instituições, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que considerou a retirada das áreas não homologadas como “desobediência à Constituição e a leis de proteção aos povos indígenas e suas terras”, conforme a Folha de S.Paulo.

A nova regra previa que os Planos de Trabalho de Proteção Territorial (PTPT) da Funai só incluiriam atividades para terras homologadas e demarcadas e com registro imobiliário em nome da União.

De acordo com a Apib, seriam atingidos pela medida 139 terras indígenas e 114 povos isolados voluntariamente e de recente contato, os quais os territórios ainda não têm homologação.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link