Olhem com calma o vídeo ao final deste texto com o depoimento da argentina Bibiana Reibaldi, que admite: seu pai foi um oficial do Exército e criminoso da ditadura.
Bibiana integra o coletivo Histórias Desobedientes, criado há seis anos, que congrega pessoas que se apresentam publicamente como familiares de genocidas e se reúnem para tratar suas dores.
É um gesto de grandeza, que supera o sofrimento que carregam. Em nome do rompimento do silêncio, do compromisso com a verdade, a memória e a justiça.
O coletivo tem ainda mais importância agora, como reação à volta da adoração aos militares e da ameaça real de ascensão da extrema direita ao poder, com o favoritismo do fascista Javier Milei na eleição de domingo.
O pai de Bibiana, Julio Reibaldi,,que trabalhava em centros clandestinos de tortura, morreu impune em 2002.
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Publicado originalmente em Blog do Moisés Mendes