O bolsonarista e cantor Belo, que é pré-candidato a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, detonou o setor cultural do governo federal, comandado até recentemente por Mário Frias. Segundo o músico, os artistas não tiveram o apoio de ninguém durante o período de pandemia em que o setor praticamente parou.
No desfile das escolas de samba de São Paulo, no Anhembi, na primeira noite de Carnaval na última sexta-feira (22), o cantor foi enfático na crítica. “A gente ficou dois anos afastado. Acho que o setor do entretenimento, da música e da arte foi muito afetado e o menos assistido [durante a pandemia]. A gente não teve apoio de ninguém”, afirmou sem citar o nome de Frias, que era o responsável por cuidar da área.
Vale lembrar que, durante o período agudo da pandemia, em que houve lockdown e muitas restrições, Belo foi flagrado realizando show com aglomeração e sem permissão, inclusive sendo interrompido pela Justiça a pedido da Vigilância Sanitária.
Sem falar de sua pré-candidatura, segundo a jornalista Mônica Bergamo, ele preferiu comentar sobre o próprio Carnaval. “É um momento importante para as escolas de samba, para o povo da comunidade”, disse o bolsonarista antes de explicar o motivo de estar no Anhembi e não na Sapucaí. “Eu sou cria daqui, eu vi esse sambódromo ser construído. Eu desfilei na Tiradentes. Eu tenho uma história tão linda com o povo de São Paulo”