Bolsonarista Hélio Negão critica movimento negro: “Não é pela cor, é pelo voto”

Atualizado em 19 de novembro de 2023 às 11:59
O deputado Hélio Lopes. (Foto: Reprodução)

O deputado Hélio Lopes (PL-RJ), durante entrevista à Folha de S.Paulo, rejeitou a ideia de políticas públicas para reparação histórica dos descendentes da população escravizada no Brasil, criticando a proposta do movimento negro. Durante suas declarações, ele questionou a eficácia dessa abordagem, afirmando: “O que aconteceu não tem como mudar. Mas essa reparação… Eu acho que é falha.”

Nascido e criado no morro do Tempero, Rio de Janeiro, Hélio criticou as políticas afirmativas, mas disse apoiar as cotas sociais. Ele compartilhou sua experiência de luta para estudar na infância e destacou que “só pode mudar através da política.”

Lopes também direcionou críticas a falta de reconhecimento do movimento negro quando foi o mais votado do Rio de Janeiro, alegando: “A luta do movimento negro não é pela cor, não é pela causa, é pelo voto.” Ele se tornou alvo de críticas da esquerda e enfrentou uma denúncia por injúria racial, que foi rejeitada pelo juiz. O deputado destaca um possível viés político nas análises de seus casos.

Jair Bolsonaro e Hélio Lopes. (Foto: Reprodução)

“Eu quero ver a bancada negra se manifestar quando eu pegar os meus processos e mandar para eles. Se eu fosse negro de esquerda tinha um monte de gente presa. A luta do movimento negro não é pela cor, não é pela causa, é pelo voto”, disse.

O deputado, que não integra a bancada negra, nega a existência de um racismo estrutural no país, considerando casos esporádicos.

“Eu sou contra a construção do movimento negro, mas que exista o movimento negro e que ele esteja feliz defendendo as pautas deles. Não quero que eles defendam a minha pauta. Eu sou contra, mas respeito que todo mundo se reúna e que lute pelos objetivos. Mas não tem que estar implantado aqui em mim que eu tenho que pensar igual a eles”, afirmou.

Sobre sua relação com Bolsonaro, ele afirmou não ter se sentido usado: “Bolsonaro é um irmão que a vida me deu.”

Apesar das críticas ao movimento negro, Lopes disse que respeita sua atuação e afirmou que defende a diversidade de pensamento.

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