O Uol traz reportagem de Flávio Costa sobre o fascista que atacou enfermeiras que faziam um protesto em Brasília por melhores condições de trabalho.
Renan Sena havia sido identificado pelo DCM como o agressor das profissionais de saúde e da ciclista Sabrina Nery, que tentou defendê-las.
Ele é funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves.
Diz o texto:
Sena é analista de projetos do setor socioeducativo, mas não aparece nem exerce suas atividades no ministério desde meados de março.
Ele foi contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, que tem um contrato com o MDH no valor de R$ 20 milhões de prestação serviços operacionais e apoio administrativo.
Comandada pela ministra Damares Alves, a pasta afirmou, em resposta ao UOL, que pediu à empresa terceirizada a demissão de Sena e que ela teria sido concretizada em 23 de abril. Porém a reportagem pediu e não recebeu a documentação que provasse o ato demissionário. Verificou-se também que o email funcional dele continuava ativo até o dia de ontem. (…)
Engenheiro eletricista de formação e missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer, Renan Sena presta serviço, desde fevereiro, à SNDCA (Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que coordena o Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), responsável pela execução de medidas destinadas a adolescentes em conflitos com a lei.
Sena é considerado por colegas de trabalho “como uma pessoa de trato difícil e insubordinada”, apurou a reportagem.
Desde meados de março até o dia em que agrediu as enfermeiras, ele chegou a alegar que estava doente, não respondeu aos emails de seus superiores no MDH nem executou suas tarefas.
Contudo, participou de diversos protestos em que pedia intervenção militar ou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometesse um golpe de Estado, como o ato realizado em Brasília no dia 15 de março. (…)
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