Foi nomeado hoje (1º) o novo chefe da Corregedoria, o auditor João José Tafner, tido dentro do órgão como apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Servidores da Receita Federal estão preocupados que Tafner interfira politicamente no trabalho técnico do órgão para atender a interesses da família Bolsonaro, já que senador Flávio Bolsonaro tem interesse na Corregedoria.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Tafner é servidor federal há quase 20 anos. Ele ocupou no ano passado o cargo de diretor administrativo-financeiro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa que também é vinculada ao Ministério da Economia.
Segundo integrantes do governo, Tafner não tem passagens anteriores pela Corregedoria e, portanto, seu perfil é considerado estranho para chefiar o órgão.
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Barros Neto era alvo de Flávio Bolsonaro
O comando da Corregedoria estava vago desde julho do ano passado, quando terminou o mandato de José Pereira de Barros Neto.
Barros Neto foi alvo de um pedido de investigação de Flávio Bolsonaro, que o acusou de deixar de apurar supostos atos ilegais. No entanto, o Ministério da Economia concluiu que não houve infração e arquivou o caso.
A defesa de Flávio Bolsonaro afirma que a investigação da “rachadinha”, da qualo senador é alvo, teria tido início a partir da atuação irregular de auditores da Receita no Rio de Janeiro. Flávio e seus advogados se reuniram em 2020 com o então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, para apresentar suas suspeitas.