Bolsonaristas estão furiosos com Tarcísio por se aproximar de Lula

Atualizado em 2 de fevereiro de 2024 às 14:04
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente Lula durante evento no porto de Santos, litoral sul do estado. Foto: Reprodução

A aproximação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o presidente Lula gerou revolta em parlamentares bolsonaristas. Ministro da Infraestrutura no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele foi criticado por aliados de seu ex-chefe. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

Eles reclamam que o aceno do governador ao petista acontece dias depois de a casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) ser alvo de uma operação da Polícia Federal, que teve como alvo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), suspeito de receber informações de esquema de espionagem ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

As falas de Tarcísio também foram criticadas. Durante o evento que celebra os 132 anos do porto de Santos, no litoral sul de São Paulo, o governador teria feito um discurso “tecniquês”, segundo aliados, enquanto Lula teve mais ganhos políticos com sua fala.

Na avaliação de bolsonaristas, o ex-presidente estava certo ao dizer que o governador “não tem a experiência política”.

Evento celebra os 132 anos do porto de Santos. Foto: Reprodução

Durante o evento desta sexta, Tarcísio foi vaiado pela plateia e defendido por Lula, com quem dividia o palco. O presidente afirmou que ele “merece ser tratado com muito respeito”. O governador, por sua vez, afirmou que quer “deixar um legado” trabalhando com o petista e agradeceu “pela parceria”.

Tarcísio ainda ouviu um pedido inusitado enquanto Lula discursava. “Volta pro PT”, gritou uma pessoa na plateia. A frase provocou gargalhadas entre os presentes e fez o governador paulista abrir um sorriso amarelo, nitidamente desconfortável com a situação.

O presidente aproveitou a deixa e falou sobre o passado do bolsonarista. “Eu encontrei com o Tarcísio em Coari, no meio da Amazônia, trabalhando no gasoduto. Depois o Tarcísio trabalhou com a Dilma Rousseff. Depois eu estranhei vendo ele trabalhar com o Bolsonaro, mas paciência, é uma opção dele”, afirmou.

A cerimônia desta sexta ocorre para celebrar acordos entre o governo federal e a administração paulista, como o túnel Santos-Guarujá, anunciado na última terça (30). O projeto, prometido por diferentes administrações paulistas, foi alvo de uma disputa entre entre os chefes do Executivo.

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