Bolsonaro autoriza compra de remédio que pode custar até R$ 10 milhões por paciente

Atualizado em 16 de fevereiro de 2022 às 6:24
A imagem de Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: SERGIO LIMA / AFP

Governo Jair Bolsonaro (PL) autorizou subir de R$ 2,9 milhões para R$ 6,5 milhões o preço máximo de venda no Brasil do zolgensma, tratamento considerado o mais caro do mundo, afirma reportagem da Folha de S.Paulo.

Utilizado em crianças com AME (atrofia muscular espinhal), o medicamento tem o valor tabelado desde o fim de 2020, mas pode custar aos cofres públicos mais de R$ 10 milhões por paciente.

Governo ainda não divulgou o novo valor. A informação consta de ata da reunião de ministros que aprovou a mudança, segundo a Folha de S.Paulo.

Como o produto não foi lançado no Brasil e está fora do SUS (Sistema Único de Saúde), o governo banca alguns tratamentos por determinação da Justiça. ​Em nota oficial, o Ministério da Saúde disse que já custeou 75 entregas do zolgensma, desembolsando R$ 715,7 milhões.

Com a mudança de preço máximo, integrantes da Saúde esperam ganhar maior poder de negociação com a fabricante Novartis e reduzir o preço da judicialização.

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Negociação e preço

Definição do valor teto também é um passo necessário para negociar a eventual incorporação da droga ao rol de medicamentos ofertados pelo SUS.

A farmacêutica, no entanto, pedia R$ 9,7 milhões como valor teto, cifra que equivale ao menor preço no mercado internacional. A Novartis disse que ainda não foi notificada sobre o novo preço.

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