Fala de Bolsonaro sobre ministra foi aviso ao Centrão

Atualizado em 11 de março de 2022 às 6:53
Tereza Cristina e Jair Bolsonaro
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na última quinta-feira (10) que a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será candidata ao senado pelo Mato Grosso do Sul. A declaração não foi por acaso. O chefe do executivo deu uma espécie de aviso ao Centrão, deixando claro que a escolha do seu vice será apenas dele. A responsável pela pasta da Agricultura era a favorita dos líderes dos partidos que apoiam o governante para formar a chapa que concorrerá à presidência.

Nas últimas semanas, o capitão da reserva tem dado protagonismo ao Centrão, escutando seus conselhos. Tanto que há preocupação por parte dele com o “silêncio” do gabinete do ódio sobre o assunto. Só que ele se incomodou com a pressão para escolher uma figura “política” para estar ao seu lado na campanha.

Tereza Cristina trabalhou internamente para ser uma opção ao presidente. Porém, soube na semana passada que ele a queria como candidata ao Senado. Fiel ao seu chefe, concordou e informou que está à disposição do grupo. O comportamento dela foi muito elogiado internamente por Bolsonaro.

A posição do chefe do executivo federal em descartar a ministra como vice não foi muito bem digerida pelo Centrão. Valdemar Costa Neto conversou com o governante. Explicou que ter uma mulher na chapa poderia atrair o público feminino. Nada que mudasse a opinião do presidente.

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Bolsonaro segue com o desejo de ter um vice militar

O presidente da República não quer Mourão como vice, porque o considera “palpiteiro demais”. Prefere alguém que esteja mais alinhado ao seu plano de governo. Neste caso, Braga Netto é considerado por ele o nome ideal para estar ao seu lado na campanha eleitoral.

Além de ser militar, Netto é visto por Bolsonaro como uma figura confiável e que tem posicionamentos muito parecidos com o dele. Isso evitaria conflitos internos como ocorreram ao longo do seu primeiro mandato com Mourão.

Mas seus aliados políticos não querem Braga. E acreditam que podem convencer o chefe do executivo federal até o martelo ser batido.

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