Bolsonaro acha que Moro aceitou ser ministro para boicotar governo

Atualizado em 4 de novembro de 2021 às 13:26
Moro e Bolsonaro boicote
Bolsonaro acredita que Moro aceitou ser seu ministro para boicotá-lo

Bolsonaro e sua trupe estão convictos que Moro aceitou ser seu ministro como parte de um plano para virar presidente. A aliados, ele tem dito que a candidatura do ex-juiz é um sintoma claro de que estava tudo milimetricamente planejado. A crença entre a cúpula ideológica do governo é de que houve boicote na Segurança Pública para minar e inviabilizar uma possível reeleição.

Com o ex-chefe da Lava Jato com plenos poderes para combater a corrupção, como dizia Bolsonaro, ele ficou refém de Moro. Em seu círculo íntimo, tanto ele quanto os filhos dizem que se sentem traído pelo ex-ministro. Isso porque o futuro filiado do Podemos teria usado o cargo para tentar boicotar o próprio presidente. A ala ideológica crê que o cerco contra Carlos, Flávio e Eduardo se fecharam por ordem do antigo amigo e aliado.

Não há provas de que Moro tenha trabalhado para enfraquecer Bolsonaro visando as eleições de 2022. Mas, como o DCM publicou ontem (03), com exclusividade, o ex-juiz vem dizendo a pessoas próximas que tem uma bala de prata para derrubar o presidente e ir ao segundo turno. Agora, aliados do governo têm cada vez mais certeza de que ele foi um infiltrado para derrubar o projeto de reeleição.

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Moro quer poder

Bolsonaro acha que o projeto de Moro é o poder e que ele fará qualquer coisa para conseguir. Por isso, o presidente tem dito a aliados que teme o antigo juiz na corrida eleitoral. Já que não tem ideia de como o lavajista irá agir. O temor de todos é que as práticas da Força Tarefa sejam utilizadas durante a campanha. E, pior, com a expertize da classe política.

Até o momento, no entanto, tudo não passa de especulação. Mas o governo vem trabalhando para tentar descobrir se Moro irá mirar sua arma contra o presidente ou contra Lula. Na visão de governistas, as chances do ex-juiz atacar o petista são baixas. “Ele não tem voto lá”, lembra um aliado. Diante deste cenário, a guerra será declarada entre Bolsonaro e Moro. E só um deve sobreviver.

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