Jair Bolsonaro falou para interlocutores que não iria até a Superintendência da Polícia Federal de Brasília prestar depoimento. O presidente precisa comparecer ao local nesta sexta (27). Só que o chefe do executivo federal foi avisado por aliados que isso poderia prejudicá-lo.
Conforme apurou o DCM, a decisão do governante de não ir prestar depoimento caiu nos ouvidos dos ministros do STF. Os magistrados então conversaram com pessoas próximas do presidente. E informaram que ele pode responder por crime de responsabilidade, caso não obedeça a uma ordem de Alexandre de Moraes.
A delegada Denise Dias Rosas Ribeiro terá a responsabilidade de escutar o presidente. Bolsonaro vai precisar comparecer ao local às 14h. Os ministros garantem que não vão aliviar. Por isso aconselharam os aliados do chefe do executivo federal. “Pediram para a gente convencer o presidente a ir ao depoimento”, explicou um deputado do Centrão.
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Bolsonaro pode mudar de ideia
O presidente soube da informação. Inclusive, o caso virou notícia na imprensa. Ele entendeu o recado dos ministros, mas resolveu fazer tipo. Não confirmou se irá obedecer a decisão de Alexandre de Moraes. Deixou em aberto qual será sua atitude.
“Ele escutou os conselhos e disse que vai decidir na hora. Se tiver vontade, vai prestar o depoimento. Agora a decisão é só dele. Nós fizemos a nossa parte. Ordem judicial se obedece. Espero que ele tenha consciência disso”, opinou um parlamentar.
Inquérito envolvendo Bolsonaro investiga vazamento de documentos sigilosos
Há uma suspeita de vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal em um ataque hacker que aconteceu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O inquérito foi aberto pelo STF e tem Alexandre de Moraes como relator.
Bolsonaro divulgou o documento em rede social e durante a transmissão ao vivo em que divulgou informações falsas sobre urnas eletrônicas. O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas questões burocráticas para a PF encerrar a investigação.
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