Bolsonaro usa dinheiro público para ajudar o Flamengo

Atualizado em 4 de dezembro de 2021 às 17:14
Bolsonaro com camisa do Flamengo.
Bolsonaro com camisa do Flamengo. Foto: Reprodução

Portaria editada pelo governo Bolsonaro em maio de 2020 mostra que milhões do chamado orçamento de guerra para socorrer o setor do turismo durante a pandemia foram usados para erguer o museu de futebol do Flamengo, que será inaugurado no ano que vem.

Os recursos públicos, no valor total de R$ 5 bilhões, deveriam ser utilizados exclusivamente para impedir recuperações judiciais e falências no setor durante a crise sanitária. Normas impostas pelo TCU determinaram que os valores sejam direcionados especialmente para pequenas e médias empresas.

A construção do museu da Gávea foi anunciada no mês passado pelo Flamengo, ao custo de R$ 18 milhões. Desse total, R$ 3,7 milhões foram emprestados pela Agerio, que foi contemplada com R$ 67 milhões dos recursos emergenciais do governo para o setor do Turismo.

A operação de crédito foi feita pela Agerio com a Mude Brasil, empresa que construirá o museu em parceria com o clube. Trata-se do mais vultoso empréstimo concedido pela agência em meio à pandemia. Com informações do Estadão.

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Governo Bolsonaro também construiu resort e desviou verbas

Outro caso que chama a atenção é o da empresa Vista Xingó Empreendimento Ltda, aberta pelo desembargador Aldo de Albuquerque Melo, que recebeu R$ 17 milhões para erguer um resort na cidade alagoana de Piranhas, na chamada Rota do Cangaço.

Eram R$ 17 milhões de ajuda emergencial. Em junho deste ano, a instituição repassou 76% da verba para a empresa do desembargador Albuquerque Melo.

Segundo o TCU, além de privilegiar pequenas e médias empresas, o dinheiro só poderia ser usado em obras civis para adaptar estabelecimentos às necessidades que surgiram com a pandemia. Jamais para construir novos empreendimentos.

Outra parte do dinheiro foi parar nas mãos de políticos investigados, beneficiando empresas ligadas a acusados por peculato e corrupção, inclusive por desvios no próprio Ministério do Turismo, além de magistrados e ex-diretores de banco público.

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