O presidente Jair Bolsonaro passou a ser investigado pela Polícia Federal por envolvimento com milícias digitais responsáveis por atacar instituições democráticas. As informações são do O Globo
A investigação foi aberta depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter autorizado o compartilhamento de provas obtidas em outros inquéritos contra o presidente. Assim, o inquérito das milícias digitais passou a ser o sétimo em tramitação contra Bolsonaro.
O inquérito das milícias digitais já havia mostrado que apoiadores de Bolsonaro compartilham nas redes notícias falsas e atacam instituições democráticas. Agora, a investigação quer identificar a relação do presidente com essas milícias, a partir dos fatos colhidos nas investigações.
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Polícia Federal utilizou provas de outros casos para investigar Bolsonaro
Com a abertura de outras frentes, a Polícia Federal teve um aprofundamento no caso. O inquérito concluído na última semana, em que a PF acusou Bolsonaro de cometer o crime de violação de sigilo ao divulgar indevidamente documentos sigilosos de uma investigação sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante uma live no ano passado. A PF também detectou indícios de que a atuação do presidente no caso foi semelhante a das milícias digitais.
A PF escreveu que as provas obtidas pela investigação confirmam “a ideia de articulação de um grupo maior de pessoas cuja atuação se insere em contexto mais amplo, tratado no Inquérito nº 4874 (milícias digitais)”.
Por este motivo, a Polícia Federal pediu ao ministro Alexandre de Moraes o compartilhamento das provas colhidas na investigação do vazamento com o inquérito das milícias digitais.