Bolsonaro exonera Ramagem da Abin, que deve ser candidato nas eleições

O agora ex-diretor já se filiou ao PL, de Valdemar Costa Neto, o mesmo partido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para tentar a reeleição

Atualizado em 31 de março de 2022 às 9:55
Ramagem
Alexandre Ramagem Rodrigues, fala em CRE, 26 de junho de 2019.
Foto. Marcos Oliveira/Agência Senado

O coordenador da segurança de Jair Bolsonaro na eleição em 2018, delegado da Polícia Federal (PF) Alexandre Ramagem, foi exonerado, nesta quinta (31), no cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A exoneração foi publicada no “Diário Oficial da União (DOU)”.

Ela foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança. O substituto ainda não foi nomeado, mas há um nome encaminhado. A saída ocorre no mesmo dia em que o governo publicou a saída de nove ministros que devem ser candidatos nas eleições de outubro.

A Lei de Inelegibilidades define que os ministros que desejam se candidatar precisam deixar os cargos até seis meses antes do primeiro turno – em 2022, esse prazo termina no próximo sábado (2). Também deixaram seus cargos o secretário especial de Cultura, Mario Frias, e o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que se filiaram ao PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro.

Ramagem havia tomado posse em novembro de 2019, em substituição Janér Tesch Hosken Alvarenga. Ele passou a comandar a segurança de Bolsonaro na corrida pelo Palácio do Planalto após o presidente ser vítima, em setembro, de um atentado à faca em Juiz de Fora (MG)

O presidente, candidato na época, precisou ser submetido a três cirurgias para se recuperar dos ferimentos no abdômen. Jair Bolsonaro deve escolher para o posto o oficial de inteligência Edgar Ribeiro Dias, desde janeiro assessor especial de seu gabinete pessoal no Planalto.

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Por que Ramagem deixou o cargo?

Edgar Ribeiro Dias
Edgar Ribeiro Dias. Foto. Reprodução

Ele foi exonerado para concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro, segundo a Veja. O agora ex-diretor já se filiou ao PL, de Valdemar Costa Neto, o mesmo partido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para tentar a reeleição.

Segundo fontes da Abin, Ramagem já recebeu a garantia de que sua candidatura terá total apoio do presidente. Ambos são amigos desde a campanha de Bolsonaro, quando Ramagem atuou  na segurança, como delegado da Polícia Federal.

O plano dele era assumir o Ministério da Justiça, no lugar do ministro Anderson Torres, que tinha a pretensão de se candidatar pelo Senado em Brasília, mas o ministro recebeu pedido do presidente para continuar no cargo até o final do governo.

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