Bolsonaro durante a pandemia, fez um projeto de lei que prevê algumas medidas de proteção para entregadores de aplicativo, e foi interpretado pelo parlamento, como tentativa de se aproximar do público de Lula, tentar algo que ele apostou por anos, e deu certo. Bolsonaro tenta projetos sociais que atingem o público de seu concorrente mais forte.
O projeto de lei sobre os entregadores de aplicativo, prevê a ajuda financeira aos afastados por 15 dias com covid, e a disponibilização obrigatória de álcool em gel e mascaras pela empresa. Porém Bolsonaro vetou a alimentação dessas pessoas pelo PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador).
Lula vem querendo de tratar do tema das condições precárias faz muito tempo, desde 2020, quando disse: “O companheiro que está numa moto entregando pizza à 1h da manhã não é microempreendedor. Ele é quase um microescravo” e Bolsonaro usou isso ao seu favor
O deputado Ivan Valente diz que muitos projetos que Bolsonaro está fazendo hoje, é para chegar ao público-alvo de Lula, e isso o deu mais popularidade “Bolsonaro não quis bater de frente. Não quis barrar em nome de um veto ideológico, bater de frente com milhões de trabalhadores hiper-precarizados e que não têm exatamente uma definição ideológica ou programática. O veto até era possível, pensávamos, mas só daria mais projeção ao texto” afirma o deputado .
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Protestos em 2021
Ano passado, entregadores fizeram protestos, pedindo taxas mais justas para as empresas de aplicativos e ajuda com itens básicos de proteção durante a pandemia, como mascara, álcool em gel, pois então tendo contato com várias pessoas em uma época sensível.