Bolsonaro decidiu ir para a guerra no Senado por André Mendonça

Atualizado em 16 de setembro de 2021 às 7:34
André Luiz de Almeida Mendonça ao lado de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem uma estratégia para reconquistar a confiança da ala evangélica: ir a guerra no Senado por André Mendonça. Segundo apurou o DCM, a relação entre os líderes evangélicos e o mandatário anda balançada.

Após boatos de aliados sobre Bolsonaro estar procurando outro nome para ocupar a vaga aberta no STF, o presidente decidiu recuperar as forças e convocou a bancada cristã para uma reunião nesta quarta (15).

Apesar da resistência ao nome de Mendonça no Senado, o mandatário afirmou que manterá a indicação do aliado à Corte. Com o pastor presbiteriano no STF, Bolsonaro terá fôlego novo com os evangélicos.

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Senado

Antes de sentar-se na cadeira do STF, Mendonça precisa ser sabatinado pela CCJ do Senado e, depois, aprovado em votação no plenário da Casa.

Os ataques de Bolsonaro ao Supremo tem adiado a sabatina de Mendonça. Para senadores, não há clima para falar da vaga diante os atritos. A resistência aumentou com discursos do Sete de Setembro. Bolsonaro disse que não cumpriria ordens do ministro Alexandre de Moraes.

Distanciamento

Há semanas, Mendonça tem se sentido abandonado por Jair Bolsonaro. O recuo do mandatário dizendo que os ataques ao STF foram tudo “no calor do momento” também não agradou nenhuma das bases aliadas. Porém, é mais uma estratégia para pavimentar o caminho de Mendonça ao tribunal.

Além disso, Silas Malafaia e Marco Feliciano ameaçam romper com o presidente nos próximos dias, como mostrou o DCM. O motivo é a possibilidade de legalizar “jogos de azar” no Brasil. Contudo, Malafaia pareceu otimista após a declaração de que Bolsonaro não tem um plano B para o STF. “O presidente [prometeu um evangélico no STF] na campanha eleitoral e depois dela. Nós não botamos faca no pescoço, foi a palavra dele”, disse Malafaia.

Sabatina

Mais cedo, parlamentares evangélicos se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O senador ouviu, então, que eles não vão desistir de Mendonça.

Os líderes e parlamentares pediram para Pacheco ajudar na indicação do ex-AGU. De acordo com Malafaia, Pacheco disse que contribuiria. “Vai falar com o Alcolumbre, vai pautar para resolver logo essa história.”

Apesar dos acenos, não há qualquer previsão ainda para a sabatina de Mendonça, que já bate recorde de espera na Casa.