Como Bolsonaro amplia a vantagem sobre Lula nas redes sociais

Atualizado em 11 de abril de 2022 às 12:39
Bolsonaro e Lula
Bolsonaro e Lula

O PL, partido que abrigou o presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição neste ano, está reunindo um “exército de tuiteiros”. O objetivo é turbinar o desempenho do chefe do Executivo na rede social, imensamente superior ao de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pelo Twitter, diversos parlamentares da legenda têm agido de maneira coordenada para divulgar ações do governo e se posicionar contra adversários. A ação mais recente traz um vídeo do ex-governador de SP Geraldo Alckmin (PSB), indicado para vice de Lula, fazendo críticas ao petista quando os dois foram adversários.

Segundo um levantamento do jornal O Globo, os integrantes da sigla alcançam mais de 16,2 milhões de seguidores. O número é mais que o triplo dos usuários alcançados pelos congressistas que apoiam o petista, que são 5,3 milhões. O PSDB, do ex-governador João Doria, consegue atingir 3 milhões, e o MDB, da senadora Simone Tebet, 1,5 milhão. O PDT do ex-ministro Ciro Gomes alcança somente 842 mil seguidores.

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Twitter é a principal arma de Bolsonaro e seus apoiadores

Jair Bolsonaro falando no celular
Jair Bolsonaro falando no celular

Especialistas ouvidos pelo jornal O Globo afirmam que o Twitter é a plataforma mais propícia para vencer as “batalhas de narrativas”. Um exemplo do uso da rede social para o confronto de discursos são as hashtags. O mecanismo ajuda a dominar a lista de assuntos mais comentados do momento, a favor de algum tema específico.

“A direita se organizou muito para vencer esses debates. Sem acesso aos meios de comunicação de massa, entendeu que a presença nas redes era necessária. E ajuda o fato de eles terem um discurso replicável, fácil de virar meme, bom para ganhar eleição. Eles construíram isso ao longo de anos” analisa André Eler, diretor adjunto da consultoria Bites.

Sete dos dez deputados com mais seguidores no Twitter são do PL. O líder da lista é o terceiro filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (2,2 milhões). Carla Zambelli (1,5 milhão), Bia Kicis (1,1 milhão) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (933 mil) ocupam o terceiro, o quarto e o quinto lugares, respectivamente. Somente dois parlamentares de esquerda aparecem no ranking: Marcelo Freixo, segundo colocado com 1,8 milhão, e Gleisi Hoffmann, com 886 mil.

 

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