Na conversa em que convenceu o economista Adriano Pires a assumir a presidência da Petrobras, Jair Bolsonaro (PL) prometeu privatizar a estatal caso seja reeleito. A fala do chefe do Executivo cativou o ministro da Economia, Paulo Guedes, fanático por privatizações.
Bolsonaro afirmou, tanto para Guedes como para Pires, que a petrolífera lhe dá “muita dor de cabeça”. Ele disse estar convencido de que o melhor é se livrar da empresa. O mandatário teme, no entanto, perder eleitores caso a ideia se concretize. Para evitar a possível queda de apoio, ele colocou o ministro da Economia para conversar com empresários.
Em conversas reservadas, Paulo Guedes argumenta que não teve como fazer as privatizações que pretendia, mas que, num eventual segundo governo Bolsonaro, essa será a principal prioridade.
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Novo presidente da Petrobras é defensor fervoroso da privatização
Adriano Pires é conhecido por defender um governo liberal e com um estado menor, ou seja, um estilo “entreguista”. O economista não deve trabalhar para mudar a política de preço da Petrobras, o que significa que a população brasileira seguirá pagando caro pelos combustíveis e pelo gás de cozinha.
Ele é o entrevistado “preferencial” do Grupo Globo para assuntos relacionados ao petróleo. Fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Pires atua desde 2000 como diretor da entidade.
O economista atua há mais de 30 anos na área de energia dentro do Cbie. Ele já foi assessor do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo Bolsonaro.