
O aumento exclusivo para policiais federais, prometido pelo presidente Jair Bolsonaro irritou o funcionalismo público na virada do ano. Agora, o mandatário, que garantiu diversas vezes que não cederia a pressão de outros servidores, agora está furioso.
Bolsonaro tem sido pressionado por outras categorias que não serão beneficiadas, como auditores da Receita Federal. Nesta semana, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) pediu uma reunião com o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, para tratar da ameaça de greve dos servidores.
O Sindifisco pretende debater a edição de um decreto e um remanejamento orçamentário para evitar a paralisação. O presidente, por sua vez, não quer fazer o reajuste e deixou claro que o aumento é somente para a PF.
“O Guedes disse pra ele que daria problema, mas ele ignorou. Agora tem dito que aumento é para PF. Ninguém mais. Se não resolver, vamos ter greve. Aí quero ver”, disse um deputado do Centrão ao DCM.
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Bolsonaro quer deixar reajuste no colo do Congresso
O Sindifisco é a entidade de maior mobilização contra a exclusividade de reajuste para policiais. Bolsonaro, contudo, não aguentou a pressão e desistiu em meio a resistência.
Não é de hoje que o mandatário vem sendo auxiliado a recuar da promessa. Guedes, inclusive, se manifestou contra. O ministro alertou o presidente para o fato de que conceder o reajuste apenas para uma categoria vai aumentar a pressão em outros setores e que, por isso, o melhor é não aumentar os salários de nenhum servidor.
Segundo apurou o DCM, Bolsonaro entendeu sua posição e decidiu ficar em silêncio, enquanto o martelo não for batido. Ele pediu para o Guedes também não criticar a medida. O presidente deve resolver o problema quando acabar o recesso do Congresso. A tendência é que fique nas mãos dos parlamentares.
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