
Nada está tão ruim que não pode piorar.
A máxima vale para descrever a presença de Bolsonaro, em Roma, na cúpula do G20.
O mandatário, que vagou feito zumbi pela capital da Itália, foi ignorado pelos líderes mundiais e vai retornar sem nenhuma reunião bilateral com países das 20 maiores economias do planeta, conseguiu ser entrevistado por uma emissora de TV italiana, a SkyTg24.
Nela, detonou a CPI da Covid, cujo relatório recém aprovado pede seu indiciamento por nove crimes.
Segundo Bolsonaro, que chegou a associar a vacina contra a Covid à AIDS, a comissão teve motivação política.
Culpou a esquerda, a oposição e acusou os senadores de não fazerem nada durante a pandemia.
“Deixaram tudo acontecer”, afirmou o mandatário ao canal italiano, transferindo a responsabilidade.
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Mesmo não vacinado, disse que sempre foi a favor da imunização, reforçando a mentira já contada em seu discurso na cúpula dos países ricos.
Sem rodeios, voltou a defender remédios sem eficácia contra o coronavírus.
“Penso que os médicos devem ter a autonomia sobre como tratar o paciente e qual remédio escolher para a cura. É muita crítica em cima de mim no tocante à Amazônia”, disse para justificar o genocídio ocorrido em Manaus, cuja população foi feita de cobaia para toda sorte de tratamento ineficaz e mortal.
Bolsonaro visita região do Veneto, no norte da Itália
Nesta segunda, 1 de novembro, Bolsonaro embarca para a região do Veneto, no norte da Itália.
Lá, vai ser homenageado com a cidadania honorária de Anguillara, cidade de seus antepassados.
O irresponsável encerra sua visita de cinco dias na Itália em Pistoia, na terça, onde homenageia os pracinhas brasileiros que lutaram na Segunda Guerra (1939-45).