Bolsonaro faz aposta ousada sobre vacinação infantil: “Estão comigo”

Atualizado em 25 de dezembro de 2021 às 14:31
Bolsonaro tentando cumprimentar o Zé Gotinha
Bolsonaro aposta que pais não querem vacinar filhos

Bolsonaro parece estar convicto a respeito da vacinação infantil no Brasil. A aliados, o presidente tem dito para manter as dificuldades impostas pelo governo para que se inicie a imunização. Para ele, a maioria dos pais não quer seus filhos recebendo a vacina e acha que essa defesa o ajudará. A alguns membros do governo, ele vem insistindo que esse processo poderá fazê-lo crescer nas pesquisas.

Segundo uma pessoa ligada ao Planalto, Bolsonaro deu a ordem clara de que não é para iniciar a imunização de crianças. Ele tentará levar às últimas consequências, mesmo sabendo que não conseguirá manter a proibição por muito tempo. A ideia é judicializar a questão e ver o STF decidir pelo governo, assim ele continuará com a mesma opinião diante de suas bases.

Tudo isso porque o presidente foi convencido por pessoas próximas de que os pais brasileiros são contra vacinarem crianças. A exigência para uma receita médica seria um caminho para dificultar a vacinação e impedir a obrigatoriedade. Mas como os estados já garantiram que não irão pedir nada disso, o governo tentará nova estratégia.

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Bolsonaro e a vacina infantil

A guerra ideológica de Bolsonaro com a vacinação infantil é proposital. Ele e aliados avaliam que, se a maior parte dos brasileiros for contra a imunização de crianças, ele se beneficia. A base mais próxima do presidente, entre eles seu filho Eduardo, segue na mesma linha.

Para eles, se o presidente se mantiver firme na opinião de que crianças não deviam ser vacinadas, ele pode crescer. Embora o Centrão defenda que ele mude o discurso, a base bolsonarista pensa o contrário e acha que ele perdeu apoio justamente por ter ficado “paz e amor”. A aliados, ele foi categórico sobre a vacinação infantil. “Os pais estão comigo”, disse ele sem apresentar provas. A aposta, no entanto, é uma só na ala bolsonarista. Quando a vacinação começar, a procura será baixa.

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