Brasil de Bolsonaro deve ter mais um milhão de desempregados em 2022

Atualizado em 14 de fevereiro de 2022 às 6:18
A imagem da taxa de desemprego dos governos
Taxa de desemprego dos governos. Foto: Reprodução/IBGE/O Globo

Em 2022, ano eleitoral, a lenta recuperação do mercado de trabalho, com inflação e juros altos, deve dominar os debates, lembra reportagem de Fernanda Trisotto no jornal O Globo. Teremos mais desempregados.

Economia estagnada — o mercado projeta crescimento de apenas 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano — vai afetar a decisão dos eleitores, dizem especialistas consultados pelo jornal.

Os bancos e consultorias estimam que o desemprego pode fechar 2022 entre 11,8% e 13%, acima dos registrados em outros anos eleitorais.

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O que aconteceu em anos anteriores

Na reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do IBGE, hoje extinta, mostrava taxa de desemprego em dezembro de 6,32%. Em 2002, quando o PT ganhou as eleições do PSDB, o índice, ainda medido pela PME mas com nova metodologia, que captava melhor o desemprego, era de 10,5%.

Quando o país reelegeu Lula em 2006, a taxa de desocupação era de 8,4%. E na eleição de 2010, quando o petista conseguiu fazer de Dilma Rousseff a sua sucessora, o índice estava em 5,3%.

Em 2014, a crise econômica que então começava ainda não havia se refletido no mercado de trabalho quando das eleições. Na época, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua mostrou que a taxa de desemprego fechou o ano em 6,6%, uma das menores da série, e Dilma foi reeleita.

Desde então, com dois anos de recessão (2015 e 2016) e a pandemia, esse indicador só aumentou. Na última eleição, em 2018, a taxa média de desemprego no ano ficou em 12,3%. O indicador fechou o ano em 11,7%.

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