Brasileiros ficam de fora de 3ª lista de autorizados a deixar Gaza

Atualizado em 3 de novembro de 2023 às 6:45
Pessoas atravessam um portão para entrar na passagem de fronteira de Rafah para o Egito, no sul da Faixa de Gaza. Foto: MOHAMMED ABED / AFP

As autoridades de Gaza anunciaram uma nova lista com nomes de civis autorizados a deixar o território, em virtude de um acordo firmado entre Israel, Egito e o Hamas nesta sexta-feira (3). Novamente, a lista não inclui cidadãos brasileiros.

No total, a lista compreende 571 nomes de pessoas com cidadania nos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Indonésia, Alemanha e México. Este é o terceiro grupo de estrangeiros autorizados a sair de Gaza desde o início do conflito.

A primeira lista foi divulgada na última quarta-feira (1º) e incluía quase 500 nomes. Até o momento, a Embaixada do Brasil na Palestina está monitorando a situação de 34 cidadãos brasileiros que desejam deixar a região.

Os brasileiros em Gaza relatam profunda preocupação devido aos bombardeios em curso e enfrentam dificuldades na comunicação com seus familiares. Além disso, a região enfrenta carências de água, alimentos e medicamentos.

Em um grupo de brasileiros em Gaza, o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, disse: “Mais um dia triste, mas nossa vez chegará.”

Palestinos com dupla cidadania esperam na fronteira de Rafah com Egito na esperança de obter permissão para sair de Gaza. Foto: Arafat Barbakh/Reuters

Por outro lado, o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, explicou que tudo depende de uma autorização das autoridades israelenses. “Para o governo egípcio, segundo nos foi dito mais de uma vez, não há qualquer dificuldade em autorizar imediatamente a entrada dos brasileiros no Egito, com a compreensão de que eles seguirão para o Brasil”, disse.

Um avião da Força Aérea Brasileira, que já se encontra em território egípcio, será utilizado para repatriar o grupo de brasileiros de volta ao Brasil.

Aqueles que aguardam em Gaza relataram que o governo brasileiro enviou uma comunicação prometendo apoio, incluindo atendimento médico, assistência social e regularização migratória. No entanto, ainda não há previsão de quando os brasileiros serão autorizados a deixar a região.

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