CACs armados pelo governo Bolsonaro estão fortalecendo milícia e tráfico

Atualizado em 20 de fevereiro de 2022 às 10:54
Fuzil: Rifle AR-15.
Fuzil: Rifle AR-15. (Credit: Karen Bleier/AFP)

Um levantamento feito pelo jornal O Globo em Tribunais de Justiça de todo o país identificou CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) que integram milícias e grupos de extermínio.

Eles são armeiros de facções do tráfico e atuam como fornecedores de armas e munição para assaltos a bancos e sequestros.

Há processos em que 25 CACs foram acusados ou condenados por fazerem parte de organizações criminosas que agem em nove estados.

E 60% deles foram presos ou denunciados à Justiça depois do início do governo Bolsonaro, que facilitou a obtenção de registros e possibilitou o acesso a maiores quantidades de armas e munição pela categoria.

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Prisão de um dos CACs

Caso mais recente de prisão de um CAC por ligação com o crime aconteceu há três semanas. O colecionador Vitor Furtado Rebollal Lopez, o Bala 40, foi preso em Goiânia transportando 11 mil balas de fuzil.

Em sua casa, na Zona Norte do Rio de Janeiro, policiais apreenderam 54 armas, sendo 26 fuzis. Em resumo, um arsenal grande.

Ligações interceptadas pela polícia revelaram que Furtado usava seu certificado para comprar material bélico de forma lícita, em lojas legalizadas, e depois revender para a maior facção do tráfico do Rio.

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