Cadê os Yanomami? Indígenas podem estar em fuga na mata

Atualizado em 3 de maio de 2022 às 20:32
Aldeia de Palimiú. Foto: Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica

Uma pista sobre o desaparecimento de 24 Yanomamis da aldeia Aracaçá, na região de Waiakás, em Roraima, indica que os indígenas podem estar andando pela floresta amazônica, fugindo de garimpeiros locais. O relato foi dado por indígenas Palimiú

Eles afirmaram que o grupo de indígenas foi embora do local depois de um ato em que uma mulher foi atacada enquanto acompanhava uma menina de 12 anos – que foi possivelmente foi estuprada – e um criança de três anos, que desapareceu no rio.

Em conversa com Júnior Hekurari, presidente do conselho Distrital de Saúde Indígena e Ye’kuana (Condisi), o grupo disse que os integrantes estão pela floresta, em busca de novo local para reconstruir as moradias.

Palimiú afirmam que ianomâmis cremaram corpos das vidas

Segundo o grupo, os ianomâmi fugiram do local após cremarem os corpos das vítimas, além de terem medo de temerem um novo ataque à aldeia.

“Estamos buscando testemunhas do que aconteceu. Acreditamos que os indígenas de Aracaçá estão vivos e fugiram. Lá na aldeia, há sinais de incêndios que acredito terem sido feitos durante ritual de cremação dos corpos das vítimas. Consultei pelo menos cinco anciãos que fizeram cremação a vida toda e eles me disseram que muito provavelmente foi o que aconteceu”, diz Júnior Hekurari,

“Os garimpeiros estão lá ainda. Eles permanecem a poucos metros da aldeia, inclusive estavam lá no dia em que agentes federais estiveram na área onde aconteceu o incêndio”, acrescentou.

Em nota, a Funai informou ao portal IG que não localizou indícios de crime de homicídio ou estupro na Terra Yanommami de Aracaçá.

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