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O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (5), por unanimidade, abrir uma representação contra o vereador Gabriel Monteiro (PSD) por quebra de decoro. O parlamentar é acusado de assédio moral e sexual por servidores e ex-funcionários. O vereador nega todas as acusações.
O presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo, afirma que a representação será encaminhada ainda hoje à mesa diretora: “O pedido da representação vai pela cassação do mandato”.
“Situação vexatória e desumana. São diversas denúncias e acusações. Mas a nossa representação hoje, com base no material comprobatório e vídeos, de forma unânime o Conselho de Ética resolveu abrir a representação”, declarou Isquierdo.
O Conselho de Ética havia se reunido na semana passada, mas escolheram adiar a decisão para hoje para que pudessem reunir mais provas junto ao Ministério Público para seguir com o procedimento. Até o momento, chegaram ao conhecimento do Conselho de Ética cerca de 14 procedimentos/denúncias contra o vereador.
No domingo (3), mais três mulheres denunciaram que foram abusadas sexualmente pelo vereador. Uma das vítimas disse ao Fantástico, da Rede Globo, que o parlamentar chegou a ameaçá-la com uma arma apontada para sua cabeça. Duas das mulheres, que preferiram não se identificar, afirmaram que os estupros ocorreram quando ele ainda era da Polícia Militar do Rio.
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Gabriel Monteiro também é acusado de cometer outros crimes

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O vereador também é acusado de usar indevidamente escolta policial. Os policiais aparecem em vídeos gravados e publicados na internet com fuzis. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também investiga se o parlamentar violou direitos de uma criança, que aparece em um dos vídeos publicados por ele.
A expectativa dos vereadores é que na próxima semana o relator do caso já seja nomeado, após sorteio. O processo deve ser concluído em até 90 dias.