Capitã Cloroquina espalha fake news e diz que vacinar crianças é interesse comercial

Atualizado em 21 de dezembro de 2021 às 21:21
Veja a Capitã Cloroquina
Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Nesta segunda-feira (20), a médica cearense e secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, foi às redes sociais, defender o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez.

Ela faz campanha nas redes sociais contra vacinação de crianças para proteção da Covid, com aval da família Bolsonaro. Pinheiro postou um texto dizendo que “não pode aceitar passivamente que crianças façam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial”.

Neste domingo (19), o mandatário exigiu que os pais e responsáveis de menores de 12 anos assinem um termo de responsabilidade para vacinar as crianças, além da exigência de receita médica. O presidente comparou ainda a situação da vacinação em crianças com a autorização de remédios sem eficácia contra a Covid-19. Mayra Pinheiro afirmou que não é “anti-vacina”, mas que defende a posição de Bolsonaro.

Segundo especialistas, no entanto, a vacina contra Covid-19 é segura para crianças e seus benefícios superam os riscos. Segundo estudos da Pfizer, o imunizante do laboratório não traz riscos para crianças de 5 a 11 anos e é mais de 90% eficaz na prevenção da Covid nessa faixa etária.

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Veja o texto da Capitã Cloroquina na íntegra:

Triste os tempos que estamos vivendo. Sou pediatra e não faço parte de movimentos anti vacinas, mas não posso aceitar passivamente, que crianças sejam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial.

Além de não serem alvo principal do vírus da COVID-19, são raros os casos da doença em sua forma grave em menores de 18 anos, exceto se existirem comorbidades como por exemplo obesidade, cardiopatia, síndromes genéticas, etc.

Estudos da vacina em crianças são escassos, não tem boa qualidade metodológica e não demonstram a eficiência da mesma em reduzir doença e morte nessa população, o que esse experimento pode produzir de benefício para as crianças é muito inferior aos riscos de eventos graves e imprevisíveis em curto, médio e longo prazo.
Que os pais procurem estar esclarecidos e livres para tomar a decisão de submeter seus filhos a esse procedimento.

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