A defesa da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro é tão inglória que precisa ser alicerçada num ambiente de terror.
É vender o caos para o cidadão, sob o risco da coisa vir a piorar ainda mais.
Um exemplo é a nova cartilha apresentada por Carlos Bolsonaro no Twitter, em mais uma de suas incursões no mundo do marketing político.
Além de assegurar, em vermelho, que PSOL, MST, PCdoB e MTST são contra o que eles chamam de Nova Previdência, o documento de Carluxo apresenta dados catastróficos sobre a aposentadoria dos brasileiros e outros marotos, como os que falam que a reforma vai pegar todos, sem exceção, quando estamos carecas de saber que isso é mais uma mentira – basta citar os militares, por exemplo, além de juízes e parlamentares das cortes mais elevadas.
Nada, porém, no texto preparado por Carlos, é mais indigno que o item B, cujo título é: “Os mais pobres serão os mais afetados?”
A resposta omite os benefícios, inclusive porque seria mais um fake news tocar no assunto já que eles não existem.
Então a solução é ser sincero e dizer a verdade, ou seja, o quanto cada pobre coitado vai ter de pagar.
Diz o texto da cartilha: “Tabelas da Nova Previdência mostram que quem ganha menos pagará menos e quem ganha mais pagará mais”.
Ufa, ao menos uma boa notícia, não?
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