Caso Marielle: PF investiga a participação de um segundo mandante

Atualizado em 25 de janeiro de 2024 às 6:26
A ex-vereadora Marielle Franco, morta junto com seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Reprodução Wikipedia

Dois possíveis mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) estão sendo investigados pela Polícia Federal, que iniciou seu envolvimento no caso em fevereiro do ano passado. Informações fornecidas por Ronnie Lessa, ex-sargento da Polícia Militar e acusado de realizar os disparos contra a parlamentar, podem fortalecer essa linha de investigação. Com informaçoes do Globo.

Lessa fez um acordo de delação premiada com a PF, aguardando a validação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto aguardam a homologação do depoimento, agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) estão em uma corrida contra o tempo para reunir evidências contra os dois suspeitos.

De acordo com fontes da PF, a meta é concluir a investigação sobre os mandantes e efetuar a prisão de ambos antes que o crime complete seis anos em 14 de março. Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, anteriormente comprometeu-se, quando ainda estava no cargo, com a viúva de Marielle, a vereadora Monica Benicio, a esclarecer o caso neste ano, mas não forneceu detalhes da investigação. Flávio Dino assumirá uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de março.

A viúva expressou otimismo devido ao trabalho realizado pela Polícia Federal no caso, mencionando a revelação de fatos importantes e a identificação de um novo participante, o bombeiro Maxwell Simões Correa, acusado de monitorar Marielle. A esperança de uma resolução para o caso foi reacendida.

A homologação da delação de Ronnie Lessa está aguardando a abertura do ano forense do STJ em 1º de fevereiro. A validação desse acordo é considerada crucial para esclarecer os homicídios de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Na época do assassinato, o Rio estava sob intervenção federal devido ao aumento da criminalidade. As investigações passaram por várias mudanças de delegados e promotores. Dois suspeitos, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, estão presos desde março de 2019, aguardando julgamento.

O conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, supostamente delatado por Ronnie Lessa como mandante da morte de Marielle. Reprodução

Após a prisão dos autores materiais, a questão sobre quem ordenou o assassinato permaneceu sem resposta. Três pessoas foram investigadas como possíveis mandantes, mas nada foi provado contra Marcello Siciliano, Cristiano Girão e Domingos Brazão.

A entrada da Polícia Federal no caso no ano passado trouxe novas informações, apontando Brazão como suspeito na primeira delação relacionada ao crime. A PF também investiga se uma disputa por terra na Zona Oeste do Rio motivou o assassinato.

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