O ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor do assassinato da vereadora Marielle Franco, sinalizou interesse em fazer um acordo de delação premiada, segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.
O gesto teria sido feito no início do ano por Lessa junto a membros da Secretaria da Polícia Civil do governo do Rio.
Três fontes envolvidas no caso disseram que o ex-PM teve uma conversa inicial, na qual chegou a prestar informações que envolveriam, inclusive, o suposto mandante do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, na noite de 14 de março de 2018.
A possibilidade de delação chegou ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que determinou que a Polícia Civil levasse as declarações dadas por Lessa ao Ministério Público do Rio. Depois disso, porém, a tratativa não avançou.
A possibilidade de delação ocorreu antes de seu comparsa no crime, Élcio de Queiroz, firmar acordo de delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro.
No depoimento, revelado nesta segunda-feira (24), Élcio confirmou que foi ele quem dirigiu o carro usado no ataque contra a vereadora e identificou Lessa como o autor dos disparos.