Após recesso, Centrão vai reavaliar apoio a Bolsonaro

Atualizado em 10 de janeiro de 2022 às 12:45
Sentado, Bolsonaro está com a boca fechada e olhar de preocupação, usando um terno preto, camisa social branca e gravata azul. O texto fala sobre o apoio do Centrão ao chefe do executivo federal
Bolsonaro fez campanha contra a vacina e o Centrão não gostou

Os parlamentares voltam ao Congresso em 1° de fevereiro, e apoiadores do Bolsonaro que fazem parte do Centrão vão discutir se continuarão na base governista. A maior insatisfação é sobre a campanha contrária dos bolsonaristas com a vacinação infantil. Outro ponto que pegou mal foi em relação à permanência de Flávia Arruda no Ministério da Secretaria de Governo.

Conforme apurou o DCM, as emendas não liberadas no fim do ano passado causaram confusão na base governista. Flávia foi muito pressionada, principalmente por não ter atendido telefonemas de figurões do Congresso. Mesmo no hospital, o presidente escutou reclamações, só que escolheu ficar ao lado de Arruda.

A confiança de mantê-la foi ainda maior após ganhar o apoio de Valdemar Costa Neto. O presidente do PL entrou em confronto com os chefes de PP e Republicanos, saindo-se vencedor. Porém, os caciques dos outros dois partidos deixaram claro que não iriam mais defender Bolsonaro como vinham fazendo.

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Centrão vai discutir apoio a Bolsonaro

A vacinação infantil virou uma inimiga do presidente. O negacionismo dele tem prejudicado parlamentares, que estão sendo questionados. “O pessoal tem me perguntado o motivo de continuar apoiando o Bolsonaro. E olha que sou um deputado da região Centro-Oeste. Meus colegas do Nordeste estão sendo ainda mais pressionados”, explicou um deputado.

Líderes do Centrão já identificaram que dificilmente o chefe do executivo federal conseguirá eleger um governador na região. Deputados e senadores também enfrentarão dificuldade para serem eleitores.

“Por isso vamos discutir o apoio ao Bolsonaro. Ele só tem jogado para a ala ideológica. E a gente precisa de um candidato que dialogue com todos os públicos. Se ele não entender isso, dificilmente seguiremos juntos”, comentou um senador.

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