Fala de chefe da FAB mostra que no mundo não há espaço para golpe pangaré. Por José Cássio

Atualizado em 31 de janeiro de 2022 às 8:24
Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior Foto: Divulgação/FAB

Iniciados ou não no campo da política estão se perguntando: por que o comandante da FAB, Carlos Almeida Baptista, deu um sinal de apoio à Democracia ao afirmar que as Forças obedecerão Lula em caso de vitória do ex-presidente?

Óbvio. Sabe que os tempos mudaram.

Em nenhum país no mundo há espaço para um golpe comandado por pangarés. Bolsonaro, é bom lembrar, governa com militares mas foi eleito nas urnas, pela vontade do povo.

Se Bolsonaro tiver de sair, o seu militar mais fanático não dará um pio em favor do atrapalhado que jogou o Brasil no abismo. Sinal evidente de que nem os militares suportam mais o genocida.

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Do fundo do poço, e o povo é sábio, o Brasil ensaia mais um salto para cima.

O que disse Carlos Baptista

Aqui um trecho da entrevista Carlos Baptista à Folha:

“Eu receio que nossa sociedade esteja muito dividida, muito polarizada e radical. Isso é ruim para o futuro, estamos chegando a um nível de incapacidade de compreender uma visão diferente, e isso se reflete na disputa política. A FAB, e as Forças, tenho certeza, se manterão dentro de sua destinação constitucional. Não tomarão partido, a política não entrará nos nossos quartéis. Não há qualquer indução por parte do comando da FAB. Como cidadão, vejo com preocupação como estamos radicalizados, isso não é bom”.