China dará ‘resposta firme e contundente’ se EUA a sancionarem por sua posição sobre operação russa

Atualizado em 10 de março de 2022 às 12:37

Sputnik

China
Foto: AFP 2022/GREG BAKER

O Ministério das Relações Exteriores da China enfatizou que sanções “não ajudarão a resolver a questão ucraniana”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou nesta quinta-feira (10) que a China vai reagir duramente se os EUA impuserem sanções pelo seu posicionamento sobre a operação especial militar da Rússia na Ucrânia.

“Os EUA não devem impor sanções a empresas e indivíduos chineses ou prejudicar os direitos e interesses legítimos da China em lidar com suas relações com a Rússia, caso contrário, a China dará uma resposta firme e contundente”, alertou o porta-voz.

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A chancelaria chinesa enfatizou que as sanções “não ajudarão a resolver a questão ucraniana”. Pelo contrário, “o tempo mostrou que as sanções não só não resolvem problemas, como criam novos, que não só causarão perdas mútuas e múltiplas perdas econômicas, como também dificultarão o processo de resolução política”, acrescentou.

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, disse na terça-feira (8) que os países ocidentais estão tentando convencer as autoridades chinesas de que a neutralidade não é uma opção na situação em torno da Ucrânia.

“A China gosta de dizer que é neutra neste conflito”, disse Nuland em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA. Ela explicou que, na terça-feira (8), o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, mantiveram conversas com o líder chinês, Xi Jinping, para sublinhar ao gigante asiático que “neutralidade não é uma opção neste caso, que isso é uma violação do direito internacional humanitário, uma violação da soberania”.

A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, afirmou que os EUA podem proibir o uso de seus equipamentos e “software” por empresas chinesas que decidam ignorar as sanções impostas contra a Rússia.

Raimondo disse durante uma entrevista ao The New York Times que as autoridades dos EUA podem “basicamente fechar” a Corporação Internacional de Fabricação de Semicondutores (SMIC, na sigla em inglês) e outras empresas se continuarem a fornecer chips e outras tecnologias avançadas para a Rússia.

Publicado originalmente em Sputnik

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