Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, defendeu o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro há duas semanas, responsável por tirar parte do poder do Ministério da Economia sobre questões de Orçamento.
De acordo com Nogueira, que agora divide responsabilidades com Paulo Guedes, a decisão foi aprovada previamente pelo ministro da Economia.
“Achamos que era muito melhor tanto para ele (Paulo Guedes) quanto para a Casa Civil. Levamos esse pleito ao presidente. O que acontece é que o Paulo Guedes sempre ficava encarregado de dar o ‘não’ para alguns pleitos dos ministérios. Além de amortecedor, agora eu sou um para-raios do ‘Posto Ipiranga'”, afirmou Nogueira em entrevista ao O Globo.
O decreto que foi editado em 13 de janeiro, determina que ações relacionadas ao Orçamento deverão ter aval da Casa Civil. A mudança aconteceu em um momento de disputa entre as equipes de Guedes e auxiliares do Palácio do Planalto.
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Decreto é uma tentativa de Bolsonaro em ter mais apoio político
A decisão representa uma tentativa de Bolsonaro de ganhar mais apoio político em ano de eleição, com o objetivo de combater o ex-presidente Lula, que está à frente nas pesquisas.
Ciro Nogueira disse ao Globo confiar na reeleição de Bolsonaro.
“Ele vai ganhar. O país nunca deixou de reeleger um presidente. Quem reelege o presidente é a economia, e a vida das pessoas vai melhorar”, disse.
“Acho que a arrogância do PT está sendo importante para que as pessoas aprendam a identificar e separar. As pessoas não querem esse grupo do PT de volta ao comando do país”, completou.
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