Colunista da Folha defende Moro com citações em alemão que não entende. Por Luis F. Miguel

Atualizado em 22 de agosto de 2021 às 18:33
Catarina defende Moro em alemão, mas não entende idioma – Foto: Reprodução/O Povo/Montagem

Catarina Rochamonte, que ocupa, na Folha de S. Paulo, o cargo de capitã da minguante tropa de choque de Sérgio Moro, escreve um texto para responder às críticas que recebeu de Lenio Streck, Marco Aurélio de Carvalho e Fabiano Silva dos Santos.

Ela reclama de uma citação de Wittgenstein (“sobre o que não se tem competência para falar, deve-se calar”) e escreve o seguinte:

“É uma referência canhestra à sétima proposição do Tractatus Logico-Philosophicus, obra influenciada por concepções de lógica e linguagem de Frege e Russell, com laivos de mística shopenhaueriana, que aborda complexas relações entre mundo, pensamento e linguagem”.

Em suma, ela foi correndo para algum manual, para saber do que se tratava. E “shopenhaueriana” é referência a algum período em que Schopenhauer trabalhou como lojista?

Pode piorar?

Depois, só piora. Ela completa a frase antes citada com um “culminando na proposição ‘Worüber man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen'”.

Chique, não? Mas quando a gente vai no currículo dela (agora que o Lattes voltou, ainda que cambaleante), vê o seguinte, no item “idiomas”:

Francês: Compreende Bem, Fala Razoavelmente, Lê Bem, Escreve Bem.

Inglês: Compreende Pouco, Fala Pouco, Lê Bem, Escreve Pouco.

Espanhol: Compreende Razoavelmente, Fala Pouco, Lê Bem, Escreve Pouco.

Nem uma pitada de alemão. Em suma, Catarina Rochamonte assumiu que não faz ideia daquilo que está escrevendo.

Publicado originalmente no perfil do autor

Por Luis F. Miguel

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