Como Bolsonaro mandou espancar amigo de ex-mulher quando o Exército começou a chamá-lo de corno

Atualizado em 4 de setembro de 2021 às 14:29
Rogéria Nantes beija o filho Flávio Bolsonaro
A ex-mulher, mãe dos filhos do capitão e acusada de trair Bolsonaro viu o colega ser espancado no meio da rua

Rogéria Nantes, mãe dos parlamentares Carlos, Flávio e Eduardo, e que foi acusada em relatórios do Exército de trair Bolsonaro – nos documentos Jair era chamado de “corno” e aconselhado a “averiguar os passeios de sua esposa” – sentiu na própria pele o ódio e o ressentimento do capitão.

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Além de ver o marido lançar a candidatura do filho Carlos Bolsonaro para disputar com ela uma vaga à câmara de vereadores do Rio – Rogéria perdeu e Carluxo foi eleito -, teve de assistir seu colega, Gilberto Gonçalves, ser espancado pela tropa e choque do capitão.

Tudo isso no meio da rua e durante uma atividade de campanha.

A própria Rogéria acusou Bolsonaro na época.

O episódio consta em registros e depoimentos dados à Polícia Civil do Rio de Janeiro pela própria Rogéria Bolsonaro, que afirmou à imprensa na ocasião que seu ex-marido sofre de “desequilíbrio psicológico e mental”.

O motivo, de acordo com o depoimento de Rogéria, foi o fato de Gonçalves estar trabalhando, à época, como cabo eleitoral de sua candidatura à 2ª reeleição a vereadora do Rio.

 

 

 

Bolsonaro quer acabar com o uso de máscara por decreto

Queiroga e Bolsonaro

Marcelo Queiroga e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)Marcelo Queiroga está sendo pressionado pelo presidente Bolsonaro para decretar o fim obrigatório do uso de máscara. O objetivo do chefe do Executivo é que a decisão aconteça antes do dia 7 de setembro. A data será marcada pelos atos antidemocráticos.

Conforme apurou o DCM, o Ministro da Saúde não acredita que esse seja o momento para retirar a obrigatoriedade do item. Tanto que ele tem fugido do assunto e levantado outros temas com os técnicos da pasta. Comportamento que não tem deixado o presidente muito contente.

O Ministro não quer assumir essa responsabilidade neste momento. Com a terceira dose prestes a começar em diversos pontos do país, ele tem como foco levar o tema a “banho-maria”. Até porque sabe que a maioria dos governadores não vai permitir o fim da obrigatoriedade. Seria mais uma briga perdida.

Queiroga já demonstrou seu incômodo com a máscara. Porém, em seus discursos, tem tentado ser o menos radical possível. Às vezes, não consegue. Porém, passa longe de ter comportamentos parecidos com do Bolsonaro.

Já o presidente está incomodado, mas não quer bater de frente com o Ministro. Entende que seu foco deve ficar nos atos antidemocráticos. E também na guerra contra o STF. Ele tenta ter ao seu lado o máximo de aliados possíveis contra a Suprema Corte.

Só que o governante confessou aos interlocutores que a retirada da obrigatoriedade do uso de máscara antes do dia 7 seria uma vitória. Isto porque muitos bolsonaristas ficariam sem nas manifestações e acabaria sendo uma resposta aos governadores e ministros do Supremo.

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Queiroga não tem estudo em mãos

Bolsonaro pediu que a secretaria de Ciência e Tecnologia do ministério da Saúde fizesse um estudo. O objetivo era saber sobre a não obrigatoriedade do uso de máscaras. Ele queria ter dados para defender suas teses, apesar de preferir utilizar argumentos mentirosos.

Só que o estudo não saiu do papel. Não se sabe o motivo. Porém, o Ministro da Saúde não colocará em pauta o fim da obrigatoriedade das máscaras. Pelo menos por enquanto.