Confiança nas Forças Armadas cai expressivamente entre bolsonaristas, diz Quaest

Atualizado em 21 de agosto de 2023 às 15:26
Jair Bolsonaro (PL) e militares. Foto: Reprodução

A confiança da população nas Forças Armadas caiu significativamente desde o ano passado, segundo pesquisa da Quaest divulgada nesta segunda-feira (21).

O levantamento mostra que de dezembro de 2022 a agosto de 2023, o número de pessoas que dizem “confiar muito” nos militares passou de 43% para 33%. Já o percentual daqueles que disseram “confiar pouco” na instituição subiu de 35% para 41% no mesmo período. Entre os que dizem não confiar aumentou de 18% para 23%.

De acordo com a Quaest, a redução de confiança foi maior entre os bolsonaristas. A taxa de eleitores de Jair Bolsonaro (PL) que afirmam “confiar muito” nas Forças Armadas caiu de 61% em outubro de 2022 para 40% neste mês.

O índice de apoiadores do ex-presidente que dizem confiar pouco subiu de 31% para 38%, enquanto os que dizem não confiar passaram de 7% para 20%. Na avaliação do cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, o movimento “sugere algum tipo de frustração sobre alguma expectativa que havia entre esse segmento”.

A confiança nas Forças Armadas diminuiu entre todas as idades, sexos, níveis de escolaridade e regiões do país. No recorte por religião, evangélicos são os que mais confiam nos militares, mas, mesmo assim, houve uma queda de 53% para 37%. Já entre os católicos, a confiança caiu de 44% para 35%.

A diminuição da confiança nos militares ocorre no momento em que militares, como o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, estão na mira de investigações da Polícia Federal por envolvimento na venda de joias que pertenceriam à Presidência.

Além disso, integrantes das Forças Armadas também foram citados em depoimento recente do hacker Walter Delgatti Neto, que relatou envolvimento dos militares em conspirações golpistas.

A Quaest entrevistou entre os dias 10 e 14 de agosto 2.029 pessoas presencialmente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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