Damares admite que ‘denúncias’ sobre crianças eram ‘conversas com povo’

Atualizado em 14 de outubro de 2022 às 5:50
Damares Alves (Republicanos). Foto: Reprodução/Sergio Lima/AFP

Damares Alves (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira (13), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que a fonte de suas acusações sobre a existência de crimes contra crianças na Ilha de Marajó está em conversas que ela teve com pessoas na rua.

A manifestação acontece depois de o caso ter atingido ampla repercussão nos últimos dias. Em evento realizado na Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), no domingo (9), a ex-ministra do governo Bolsonaro disse que crianças brasileiras tem seus dentes arrancados para sexo oral.

“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua”, afirmou, referindo-se aos moradores da localidade no Pará.

 

O Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) cobrou do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos explicações sobre o fato e o grupo Prerrogativas entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que as falas da senadora sejam investigadas.

Os advogados pedem que, caso as declarações da ex-ministra sejam verdadeiras, Damares e o presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam convocados para explicar quais medidas tomaram. Eles também não descartam que a denúncia possa ser “mentirosa’ e que teria o objetivo de “alimentar discursos de ódio e tumultuar o processo eleitoral”.

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