Delgatti diz ter sido ‘cooptado por Bolsonaro’ para invadir o CNJ e desmoralizar urnas

Atualizado em 14 de setembro de 2023 às 12:02
O hacker Walter Delgatti e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, declarou, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, que foi “cooptado” pela ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para executar um plano para desacreditar as urnas eletrônicas.

“Fui cooptado pela deputada Carla Zambelli onde recebi uma proposta para cometer irregularidades. Fui cooptado pelo ex-presidente em proposta semelhante à da Carla Zambelli. Confessei a invasão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e também ao Telegram, fiz prova contra mim mesmo e os demais envolvidos. Pergunto aos senhores: quem está preso?”, disse.

Delgatti está preso pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o hacker, essa invasão foi pedida por Zambelli, que teria lhe pagado R$ 3 mil e prometido um emprego. Além disso, ele afirmou que “foi contratado” para participar de uma “encenação” em que, a partir de um código fonte, ele conseguiria manipular os votos de uma urna eletrônica conectada à internet.

Delgatti ficou conhecido por ter dado origem a chamada “Vaza Jato” ao promover a invasão dos aparelhos telefônicos de autoridades envolvidas na operação Lava Jato. Vale destacar que o hacker já foi ouvido nessa CPMI no dia 16 de agosto.

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