Desembargadora que adiou julgamento da cassação de Moro tem foto com o ex-juiz

Atualizado em 3 de abril de 2024 às 19:55
Cláudia Cristofani e Sergio Moro. Foto: Reprodução

A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que pediu vista no julgamento da cassação do senador Sergio Moro (União-PR) nesta quarta (3), tem uma foto com o ex-juiz. A imagem, cuja data não foi identificada, circulou em grupos de WhatsApp de críticos do parlamentar antes do início do julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

A foto mostra Moro e Cristofani em meio a cinco pessoas. Ao fundo da imagem, há balões coloridos, o que sugere que eles participaram juntos de uma comemoração informal. Ela já negou ser amiga do parlamentar e disse que a foto foi tirada na década de 1990 em meio a uma reunião de “colegas de magistratura”.

“A fotografia de um grupo de sete juízes federais foi tirada há mais de 30 anos – se foram até a longínqua década de 90 para pinçar uma foto em que aparecem juntos colegas que trabalharam por anos no mesmo prédio, a ausência de material recente na era digital mais revela que não são amigos pessoais do que o oposto”, afirmou à coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.

A magistrada ocupa uma cadeira no TRE do Paraná desde 2021 e já foi relatora de uma ação contra Moro em 2022, quando votou a favor do seu registro de candidatura, que foi alvo de uma série de pedidos de impugnação.

Cláudia Cristina Cristofani durante julgamento da cassação de Sergio Moro no TRE-PR. Foto: Reprodução

Cristofani suspendeu o julgamento contra de Moro após o voto do desembargador José Rodrigo Sade, que votou pela cassação do senador e empatou o placar em 1 a 1. Ela se comprometeu a devolver o processo para julgamento até a próxima segunda (8).

O presidente do TRE do Paraná, Sigurd Bengtsson, planeja finalizar o julgamento até a próxima terça (9). O senador é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 e a análise da ação teve início na última segunda (1), sendo interrompida no mesmo dia por pedido de vista do juiz José Rodrigo Sade.

Em caso de condenação, Moro perderá o mandato no Senado Federal e ficará inelegível até 2030, podendo recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão da Justiça Eleitoral paranaense.

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