Desemprego no Brasil: Taxa registra 11,2% e ainda atinge 12 milhões, diz IBGE

Atualizado em 31 de março de 2022 às 10:31
Desemprego ainda atinge R$ 12 milhões de brasileiros
Foto: Jeso Carneiro/ Flickr

No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2%, com a falta de trabalho ainda atingindo 12 milhões de pessoas e o crescimento do número de ocupados desacelerando. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou no piso das expectativas de alguns analistas ouvidos, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,2% e 12,1%, com mediana de 11,4%. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,6%. No trimestre encerrado em janeiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.511,00 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado representa queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 234,104 bilhões no trimestre até fevereiro, queda de 0,2% diante de igual período do ano anterior.

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Desemprego e estacionamento das ocupações

CNN Brasil
Desemprego cai a 11,2% no trimestre até janeiro.
Fonte: IBGE

De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, “no trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que buscava trabalho, o que já vinha acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que nesse trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada”.

número de ocupados foi estimado em 95,2 milhões e ficou estável frente ao trimestre anterior (94,9 milhões). Com isso, também houve estabilidade no nível da ocupação, percentual de pessoas em idade de trabalhar que estavam efetivamente ocupadas na semana de referência da pesquisa (55,2%). Na máxima histórica, em 2013, chegou a 58,5%.

De acordo com o IBGE, a desaceleração no aumento do número de ocupados pode estar relacionada ao desligamento de trabalhadores que, no fim do ano anterior, são contratados de forma temporária. “Se observarmos a série histórica, veremos que, desde o seu início, houve queda no número de pessoas ocupadas nesse período. Agora não tivemos queda, mas essa perda de fôlego neste ano pode indicar a retomada desses padrões sazonais”, explicou a coordenadora da pesquisa.

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