O fracasso da direita camuflado pelos jornais de direita. Por Moisés Mendes

Atualizado em 14 de setembro de 2021 às 10:41
Ato da direita na Avenida Paulista
Ato da direita na Avenida Paulista

Publicado originalmente no Blog do autor:

Por Moisés Mendes

O jornalismo da grande imprensa e suas estranhas chamadas de capa.

Esta chamada é do Globo:

“Divisão da oposição esvazia atos contra o governo Bolsonaro após 7 de setembro”

O fracasso não é atribuído à direita e à extrema direita, que organizaram os atos, mas ao que seria a divisão da oposição.

O mesmo Globo informa logo abaixo:

“Em São Paulo, pré-candidatos à Presidência de diferentes campos políticos discursaram em carro de som”

Que história é essa de diferentes campos políticos, se todos eram da direita?

O Estadão tem uma manchete parecida com a do Globo:

“Oposição rachada esvazia manifestações a favor do impeachment de Bolsonaro”

Leia também:

1 – Na Paulista, ato da “terceira via” tem pixuleco de Lula e Bolsonaro abraçados

2 – 38% dos que estavam em ato do MBL não queriam protestar com o PT

Tem mais este título do Globo:

“Bolsonaro destruiu a própria credibilidade, diz o jurista Joaquim Falcão em entrevista”

Mas que credibilidade?

E mais esta na Folha:

“Economistas temem que série de crises provocadas por Bolsonaro alimente recessão em 2022”

Eles apenas temem que aconteça? Eles não têm certeza?

E mais uma chamada da mesma Folha:

“Bolsonaro é risco à democracia, e Lula é risco à economia, diz Edmar Bacha”

Bolsonaro só ameaça a democracia? A economia está bem? E Lula é risco em que sentido? A entrevista não esclarece.

Imaginemos que sejam os riscos do pleno emprego, da inflação baixa, do protagonismo internacional, do acesso de pobres e negros à universidade, dos índios protegidos, das florestas preservadas…

A classe média de Edmar Bacha sabe que esses riscos existem mesmo.