Denúncia de fraude sela a sorte no PSDB e Doria pode alugar partido nanico para morrer de pé em 2022

Atualizado em 22 de outubro de 2021 às 11:50
Doria
Sem Doria, debate acontecerá na próxima terça-feira com os demais pré-candidatos – Foto: Reprodução

A denúncia de que o grupo de João Doria adulterou a data de filiação de 51 prefeitos e 49 vices para votar nas prévias do PSDB vai custar caro ao governador de São Paulo.

O DCM apurou que o diretório nacional da legenda não vai punir o gestor, que disputa com Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, mas vai anular as 100 fichas, impedindo todos de votarem em 21 de novembro.

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Com a casa pegando fogo em seu próprio estado – São Paulo tem o maior número de delegados, 25% do total de votantes -, Doria praticamente dá adeus ao sonho de disputar a presidência pelo PSDB em 2022.

No partido, a vitória de Eduardo Leite já é dada como certa.

As previsões apontam que o governador do RS tem 70% de apoios fora de São Paulo.

Mas Doria não pode ser dado como galinha morta.

Ele tem um plano B para deixar a vida pública em pé, lutando.

Caso a derrota interna se confirme, quer sair do PSDB, alugar um partido nanico e tentar a sorte, levando junto o vice Rodrigo Garcia, que é seu indicado para disputar o governo do estado.

Alckmin está rindo sozinho

Quem está rindo sozinho é Geraldo Alckmin.

O ex-governador, que inventou Doria e depois foi traído, nem considera mais a hipótese de deixar o PSDB.

Alckmin aguarda o naufrágio do gestor para se cacifar para tentar administrar São Paulo pela quinta vez pelo PSDB.