Exclusivo: Convenção do PSDB que homologou nome de Doria em 2018 aboliu título de eleitor e cobrou CPF do votantes

Atualizado em 16 de outubro de 2021 às 11:40
João Doria de máscara
Governador de São Paulo, João Doria, usando máscara de proteção contra a Covid-19

Em condição de anonimato, ‘tucanos históricos’ estão rebatendo para o DCM as críticas do grupo de João Doria ao sistema de votação das prévias para a escolha do candidato do partido à presidência, e que vão acontecer por meio de aplicativo.

Assessores diretos do governador de SP passaram a dizer que o formato não é confiável e pode haver manipulação.

Os mesmos que organizaram a convenção que homologou o nome de Doria para a disputa do Governo do Estado, em 2018.

Ao chegar ao local da votação os delegados tiveram uma surpresa: o diretório havia mudado o sistema de identificação do eleitor. Aboliu o sistema de certificação pelo título de eleitor e inscrição partidária. E no lugar passou a cobrar o número do CPF do vontante.

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A nova forma de votação foi adotada sem conhecimento da base do partido.

Delegados que buscaram explicações descobriram que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não tem automonia sobre processos de convenções partidárias. Ao TRE compete apenas homologar o nome indicado pelo partido.

Suspeita da fraude pairou no ar

A suspeita de fraude pairou no ar, mas a vida seguiu.

Os tucanos agora lembram do fato para relacionar com a desconfiança dos doristas ao processo implantado pelo diretório nacional para a escolha do nome que vai representar o partido nas urnas em 2022.

Nesta semana, Doria também declinou de participar de um debate com Eduardo Leite organizado pela Globo.