Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa de SP
A Justiça paulista determinou o bloqueio das contas bancárias do deputado bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP), que atacou a jornalista Vera Magalhães na saída do debate da TV Cultura para governador de SP, após o parlamentar não cumprir uma ordem de pagamento.
Garcia foi condenado a pagar uma indenização de R$ 43 mil por danos morais a duas mulheres que foram citadas em um dossiê que expôs dados pessoais de cerca de mil pessoas ligadas ao movimento antifascista.
A decisão de bloquear as contas foi determinada pelo juiz Miguel Ferrari Júnior. O bloqueio inclui atualização monetária, multa e os honorários dos advogados das mulheres. As contas, porém, estavam vazias, sem ter um real.
Apenas na Justiça paulista, Garcia responde a pelo menos 40 processos devido ao dossiê, segundo o levantamento feito pela coluna de Rogério Gentile, no UOL.
Segundo a coluna, no processo em que houve o boqueio das contas, as mulheres disseram que ficaram abaladas emocionalmente com a exposição de seus dados pessoais no dossiê, além de ficarem com receio de serem vítimas de violência física por seguidores do deputado, o qual disse que as pessoas listadas eram “terroristas e criminosas”.
Na defesa apresentada à Justiça, o deputado bolsonarista afirmou que o dossiê não é de sua autoria e que não foi o responsável pela sua divulgação, apesar de ter publicado em suas redes sociais que recebeu “pelo menos 1.000 perfis com dados e fotos dos criminosos (antifas)” e que apenas entregou uma listagem com informações às autoridades, e que não pode ser punido por isso.
O desembargador José Queiroz Gomes, relator do processo, disse na decisão que o parlamentar chamou as pessoas da lista de “criminosas e terroristas”, sem apresentar qualquer prova. Garcia foi condenado em primeira e em segunda instâncias.
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