É preciso reconstituir o caminho das joias. Por Moisés Mendes

Atualizado em 4 de março de 2023 às 20:03
Governo Bolsonaro tentou recuperar as joias com a Receita Federal diversas vezes. Foto: Estadão

O jornalismo brasileiro tem uma missão prioritária. Os melhores jornalistas investigativos de cada redação devem ser acionados para que se reconstitua o caminho das joias das arábias.

A viagem da comitiva brasileira do ministro Bento Albuquerque à Arábia Saudita, os doadores, os intermediários da operação, o uso de um tenente como mula (Bolsonaro transformou militares em serviçais), a mochila, a estátua dourada com as pernas quebradas.

E o flagrante em Guarulhos por causa da presença republicana de um servidor que percebe o rolo e impede o contrabando.

Esse servidor poderia, se o caso virasse filme, ser o protagonista.

Vamos imaginar quem é, a família, a carreira, a altivez moral desse funcionário da Receita que enfrentou a quadrilha de contrabandistas.

Que sirva de inspiração a muitos que, dentro do sistema de Justiça, não enfrentaram outros quadrilheiros endinheirados, inclusive contrabandistas famosos.

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É muito provável que Michelle tenha sido usada como beneficiária do presente. Será que os diamantes eram mesmo para ela, ou q quadrilha usou o nome da mulher de Bolsonaro para receber o mimo de R$ 16,5 milhões?

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Por que um sargento é enviado por Bolsonaro de Brasília a Guarulhos para tentar reaver a muamba, se todos os altos funcionários da Receita e do Itamaraty haviam falhado?

Foi um gesto desesperado, no fim do governo, ou uma ação planejada para atemorizar o pessoal da Receita?

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Publicado originalmente no blog do Moisés Mendes

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