Eduardo prometeu encontro com presidente do BNDES a Allan dos Santos

Atualizado em 29 de outubro de 2021 às 9:49
Eduardo prometeu levar presidente do BNDES para reunião com Allan
Allan dos Santos e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

Em 2019, Eduardo Bolsonaro prometeu marcar reunião com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Em troca de mensagens no WhatsApp, o blogueiro bolsonarista pediu que o deputado participasse de reunião e levasse Montezano. Em resposta, Eduardo confirmou que o levaria.

“Flávio já veio aqui. Falta você”, escreveu ao filho do presidente em referência ao “bunker” bancado por ele. Eduardo respondeu: “Alan, hoje estou em São Paulo. Reunião na Fiesp com empresários que têm interesse nos EUA”. O blogueiro, então, prosseguiu: “Daqui a quinze dias teremos outra. Fala pro Gustavo ir. Do BNDES. Se ele estiver por aqui”. “Me passa o dia. Que daí já bloqueio aqui na agenda”, finaliza o deputado.

Eduardo Bolsonaro confirma que levará presidente do BNDES para “reunião quinzenal” com o blogueiro

Posteriormente, foi revelado pela CPMI das fake news que o Terça Livre, de Allan, recebeu dinheiro público. O site estava incluído numa lsita de 741 canais “inadequados” que receberam verbas de publicidade do governo.

À época, o relatório destacava a contradição de Allan, que dizia não receber dinheiro da Secom. O documento apontava outra conclusão: os dados mostravam que o Terça Livre recebeu verbas de publicidade por meio do Google Adsense.

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BNDES nega que pagou ao canal de Allan dos Santos

Após o relatório do colegiado do Congresso, o BNDES se manifestou sobre o caso. O banco diz que “não efetuou repasses financeiros” a canais do YouTube. E explica que a menção na CPMI se dá por campanha publicitária contratada por agência contratada pela empresa.

Os anúncios foram veiculados ao longo de duas semanas em novembro de 2019, segundo o BNDES. “Naquele momento, não era do conhecimento público os canais que estavam sob investigação”, diz o banco.

A empresa alega que não houve pagamento para veiculação da peça publicitária pois cancelou o contrato. “A retenção se deveu inicialmente a divergências com relação a códigos de serviço da nota fiscal, mas, depois, se estendeu a questionamentos feitos pelo BNDES acerca da entrega de anúncios”, explica.

Também acrescenta que a escolha dos canais se dá por meio de mídia programática do Google e não teve interferência humana na escolha dos canais. Segundo tabela divulgada pelo próprio BNDES, o canal de Allan, o Terça Livre TV, teria veiculado 6.757 anúncios da campanha “BNDES aberto” e receberia R$ 21,08, caso o contrato prosseguisse.

 

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