A plateia do Lollapalooza gritou “Ei Bolsonaro, vai tomar no c*” durante o show do rapper Emicida. O cantor devolveu à plateia “A voz do povo é a voz de Deus, né?”. Neste domingo, manifestações políticas de artistas foram proibidas pelo TSE.
O rapper já havia se manifestado contra o presidente após gritar “Fora Bolsonaro” durante outro show. Dessa vez, ele participa do encerramento do festival, que acaba neste domingo, marcado por diversas falas de artistas contra Bolsonaro e incentivando os jovens a participarem das eleições.
O cantor Criolo, também rapper, utilizou uma camiseta com a imagem de uma urna durante o show. Em outro momento, Emicida disse à plateia “Não precisa xingar, vamos tirar na urna”.
Assista:
No Lulapalooza: @emicida, @criolomc e ei bolosnaro vtnc pic.twitter.com/k1N8j86GGS
— andrepiaui (@andrepiaui) March 28, 2022
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Apesar da fala de Emicida, TSE atendeu pedido do PL e censurou manifestações políticas no Lollapalooza
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou um pedido na madrugada deste domingo do Partido Liberal (PL), cujo Bolsonaro é filiado, censurando manifestações políticas no festival. Pabllo Vittar, a banda Fresno, Emicida, Jão e outros artistas criticaram a atual gestão do governo federal.
Apesar disso, a empresa responsável pelo evento, T4F, já entrou com um pedido na justiça para reverter a decisão. “Não é demais ressaltar que muitos artistas também se manifestam em favor de Jair Bolsonaro, devendo também lhes ser resguardada a oportunidade de fazê-lo. Todas essas manifestações representam o exercício regular da liberdade de expressão. Referem-se a posições políticas, ou seja, a questão que deve justamente ser objeto de discussão pública, livre e insuscetível de censura”, afirmaram os advogados.