Empresa que organiza Lollapalooza recorre na justiça após censura do TSE

Atualizado em 27 de março de 2022 às 19:22
Empresa que organiza Lollapalooza recorre na justiça após censura do TSE. Foto da vista de um palco do festival com os participantes levantando as mãos para cima.
Advogadas alegam que as manifestação são parte do exercício da “liberdade de expressão”. Foto: Wesley Allen

A empresa T4F, responsável pela organização do Lollapalooza, recorreu da decisão da Justiça após censura do TSE, que proibiu manifestações políticas durante as apresentações dos artistas. O ministro da Corte, Raul Araújo, impediu o que chamou de “manifestação de propaganda eleitoral ostensiva”. Agora, os advogados da empresa pedem que ele reconsidere a liminar.

Araújo atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), cujo qual o presidente Bolsonaro é filiado. A sigla foi até ao TSE depois que imagens da cantora Pabllo Vittar segurando uma toalha com a foto do ex-presidente Lula (PT) viralizaram. O ministro avaliou que os artistas “pediram expressamente que a plateia presente exercesse o sufrágio em seu nome, vocalizando palavras de apoio e empunhando bandeira e adereço em referência ao pré-candidato de sua preferência”.

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Lollapalooza diz que as manifestações representam “o exercício regular da liberdade de expressão”

Em um trecho do recurso apresentado pelos advogados da empresa, há a defesa de que os artistas se manifestem tanto favoráveis como contrários a qualquer político, parte do exercício de “liberdade de expressão”.

“Não é demais ressaltar que muitos artistas também se manifestam em favor de Jair Bolsonaro, devendo também lhes ser resguardada a oportunidade de fazê-lo. Todas essas manifestações representam o exercício regular da liberdade de expressão. Referem-se a posições políticas, ou seja, a questão que deve justamente ser objeto de discussão pública, livre e insuscetível de censura”, avaliam os advogados.

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