Empresário bolsonarista Thiago Brennand é preso nos Emirados Árabes

Atualizado em 14 de outubro de 2022 às 9:43
Armas em guarda-roupa de Brennand. Foto: Reprodução

O empresário bolsonarista Thiago Brennand foi preso em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele estava foragido das autoridades brasileiras após ter a prisão preventiva decretada por suspeita de prática de crimes sexuais.

Ele viajou para Dubai em 4 de setembro, horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob a suspeita de lesão corporal e corrupção de menores. Brennand teria incentivado o filho adolescente a ofender a modelo, segundo os promotores.

Brennand ficou conhecido em setembro após agredir a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante discussão em uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo. O caso foi parar no Fantástico.

A prisão teve a participação e execução da Interpol após ele entrar na lista de foragidos por não retornar ao Brasil no prazo estipulado pelo Ministério Público de São Paulo. Ele também é investigado sob a suspeita de 11 crimes sexuais pelo Ministério Público de São Paulo.

Dez mulheres procuraram a polícia e denunciaram o suspeito por violência sexual, juntando-se a outras que já haviam feito o mesmo. Duas delas acusam Thiago de obrigá-las a tatuar suas iniciais.

Em entrevista à TV Globo no início do mês, uma mulher já havia acusado o empresário pelo mesmo motivo e chegou a mostrar a tatuagem que ele a obrigou a fazer, com as letras “TFV” e um símbolo utilizado como uma espécie de logo em suas roupas.

Brennand publicou um vídeo no dia 11 tentando se defender dos crimes que foi acusado. Ele ainda declarou apoio ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). O empresário também atacou o STF, a imprensa e afirmou que agia nos bastidores do atual governo.

“Se Deus quiser, vamos vencer no 2º turno. Vamos trocar essa Suprema Corte, vamos tirar todos os comunistas. Aí vocês vão ver se nós não vamos viver num país onde a imprensa tem que ter reponsabilidade”, afirmou.

“Ninguém faz nada. Eu faço. Quando comecei a me envolver com esse governo, que era só um sonho, eu fiz três pedidos: Não quero contrato público, nem cargo, nem chegar junto do alto comando”.

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